sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Auto-aversão poética

Quase tudo o que digo,
desejo o oposto.
Mas desejo não me arrepender,
sabendo, não querer me prolongar
Desistir, numa desconstrução da palavra:
deixar de existir.

Quase tudo o que eu faço,
penso na obrigação.
Penso no que não seria obrigação.
Penso no não-fazer, e me iludo,
para depois me atormentar com tudo.

Mas nada do que faço é para mim,
mas para os outros.
Nada é por mim.

Há muito tempo
já não vivo mais por mim.

Viva a revolução poética !

Viva a revolução poética !
Concorde também com essa causa.

Quem sou eu

Minha foto
A red curled hair head puppet without leg. Can you imagine that? - Nice to meet you too.

Seguidores