Saudade desmerecida em seu propósito.

Um pedido sempre acontece na falta de um certo instante - sentir falta de alguém é como sentir-se em outro sistema, onde seus sentidos se aguçam para encontrar-se mais próximo da realidade. Um pedido de realidade é como um berro para a alma, e um suspiro para a mente, e um tremor no coração. Ou é isso pelo meu achismo, e somente presumido. Por lógica, já que não dito o real, mas só o imaginado lógico.

A saudade reafirmou-se, mostrou a sua presença através da obra de uma imaginação caprichosa - uma realidade que não poderá haver - para terminar em lástima.

Perco as rédeas da vida.

O que me preocupa não é o passado, mas o que
ainda
não foi estragado,
ainda
não se tornou outro passado.

Não sei se me seguro,
se me aguento,
depois de mais decepções.

Por que o que me preocupa é o que faço
e o que não faço
do meu passado.

É o instante interminável,
a ânsia da ansiedade
de perder tanto tempo sem
ao menos
saber como recorrer
aos segundos que escorrem
esnobando e rindo
em todo o meu contorno
me tomando desespero.

Decepção é como um ferro afinado que finca quando pronto, ainda quente, para depois se tornar frio e incômodo interminavelmente.

Uma poesia pela sua música.

Danço na esteira da vida,
cantarolo em poesia,
desejando te tocar.
Você sorri, e me encanta.

Enquanto brinco com as palavras
Você me entende e me canta.
Termina o meu desenho
Enquanto me invento.

E você acha isso certo?

Maninho,

está me olhando? Se estiver, me perdoe; Pois ciente de tantas besteiras estou fazendo mais. Ciente de tanto desperdício. Desculpa, mas estou vivendo como vivo, como sinto, como sigo. E para seguir, preciso estar ciente de fazer besteiras. Agora, se estiver me olhando, por favor, não me cuspa - me puna - me mostre ao invés como estou merecendo viver. Só não me deixe pensar que não me vê.
Mamãe está feliz, finalmente.

Sua eterna (e sempre distante) maninha.

Show de horror.

Caco, cacos, me afogo em meus nervos.
Velo, cesso. Formiga na chuva:
É tanto pingo que forma labirinto.
É tanto ódio que sofoco e findo.

Dexisto.

Vitalidade para voltar.

"Depois de encontrar a paz,
eu levo a beira d'um mar
um pedacinho de ano velho,
e pedidos de sorte no ar;

e jogo pedidos em ar para que
sugue-me inteira do mal velho
e dê-me boas sortes ao voltar;

boas sortes e vitalidades
para quem vai voltar."

{Primeiro de janeiro de 2013.}